Quando falamos de transformação espiritual vamos bem
além de desenvolvimento pessoal. A maioria das pessoas entra nesse mundo de
autoconhecimento/lei da atração simplesmente para aprender a lidar com a dinâmica
da vida, com fins de manifestação de bênçãos materiais, principalmente. O que
não é uma coisa ruim, de jeito nenhum. Não há nada de errado em querer melhorar
de vida. Desde que não tentemos fazer do universo a nossa fada madrinha ou gênio
da lâmpada, para mera satisfação de nossos quereres humanos. Porque,
normalmente, quando fazemos isso damos com os burros n’água. As leis do
Universo envolvem muito mais coisas do que pensar, visualizar e permitir.
Estamos lidando com a mente de Deus. E se quisermos compreender
as leis Dele para melhorar de vida teremos de lidar com Ele, face a face. Eis o
problema para muitos. Porque o poder pra mudar tudo vem Dele, não do ego. Foi-nos
dado o poder arbitrário, que é imenso. Mas a energia que move as situações vem
do oculto, que chamamos de Deus.
E quanto mais estudamos sobre leis da vida, mecânica
quântica, espiritualidade e autoconhecimento, mais percebemos que a chave da
coisa é “ser” um com Ele, intencionalmente. Mas para isso, deve-se entrar no “Reino
de Deus”, que seria o viver na política do Criador, praticar o estatuto
fraternal cósmico e ser agente da causa Dele. Essa é a condição. Sem entrar no
Reino, sem buscá-lo em primeiro lugar, fica complicado ter as outras coisas acrescentadas
abundantemente. É uma regra espiritual. Não basta sentar e pensar positivo. O
ego não tem poder pra manifestar nada. As forças ocultas têm. Logo, é necessária
uma parceria.
Obviamente, se você focar em algo e acreditar
naquilo, vai criar e atrair pra sua vida. Porém, estamos falando aqui de verdadeira
abundância e atração de plena felicidade. Tudo indo bem, tudo sendo resolvido.
Uma vida como se o paraíso fosse na Terra. Isso é possível. Todavia, tem uma
condição, que Jesus apresenta num dos evangelhos enquanto conversava com um
doutor da lei, chamado Nicodemos. Que seria – Para entrar no Reino é necessário nascer de novo.
A doutrina espírita interpreta essa passagem como
sendo uma evidência dada pelo Mestre da reencarnação. Mas não é. A gente
precisa estudar o contexto inteiro pra entender o que ele está dizendo. Jesus
disse que “aquele que não nascer de novo
não pode entrar no Reino”. Ou seja, reencarnar é algo natural da vida, é
como morrer. Já vivemos incontáveis vidas e viveremos outras tantas. Se fosse
esse o caso, se o Mestre estivesse falando de reencarnação, estava tudo certo,
porque todo mundo já nasceu de novo inúmeras vezes. Então, já estaríamos no
Reino gozando de plena felicidade e cem por cento de conexão com o Criador. Só que não é
bem assim.
Ele disse, no discurso, que tínhamos que nascer da água e do espírito. Eu vou explicar isso dentro do contexto
histórico. Na época, era costume o ritual do batismo por imersão. Quando as
pessoas se arrependiam de seus atos e queriam se transformar interiormente,
eram batizadas como maneira de ritualizar a escolha pela mudança. Jesus, quando
estava para completar trinta anos, foi batizado no rio Jordão por João Batista.
Assim que ele emergiu da água, conta-nos os relatos dos evangelhos que desceu
sobre ele o Espírito Santo, em forma de pomba (arquétipo de paz, pureza, inocência interior). Está ligando uma
coisa na outra? Nascer da água e do espírito?
Então, Jesus estava falando do batismo, quando teve
com Nicodemos? Também não. Ele apenas usou a importância desse ritual
espiritual da época como referência para o que ele realmente queria transmitir
ali. Só que Nicodemos não entendeu. E a gente perdoa Nicodemos, mesmo ele sendo
um doutor da lei, que era uma pessoa com vasto conhecimento das escrituras
hebraico-aramaicas ou o antigo testamento. Porque mesmo hoje, à luz de toda
ciência, tecnologia e espiritualidade as pessoas ainda não entendem. Então,
vamos dar um desconto pra Nicodemos, né?
Jesus usou a simbologia do batismo e do Espírito
Santo para dizer que não há outro meio de entrar no Reino que não seja nascendo
de novo. Mas não reencarnando e sim, escolhendo uma nova vida, assumindo um
novo caminhar. As pessoas que passavam pelo ritual do batismo o faziam porque
queriam novidade de vida.
Então, o batismo (nascer
da água) simbolizava o renascimento, o nascer de novo, ser uma nova pessoa.
A partir dali, deveriam ser feitas outras escolhas, outro rumo na vida era
tomado. Para eles da época, era como se a água lavasse os pecados (crimes, atos impuros, erros) e levasse
rio abaixo a sua velha personalidade. E ao emergir, seria, a partir daquele
momento, uma nova vida.
E no assumir dessa nova vida, na emersão, a benção
do Espírito selaria o recomeço (nascer do
espírito). Jesus foi para o deserto, renunciou o domínio do ego, rendendo-o
totalmente à centelha. Voltou, foi batizado, tornou-se finalmente a
personificação do Cristo e só então, iniciou sua jornada como tal. Antes de
tudo ele era o homem Jesus, não unificado (intencionalmente)
totalmente, ainda. Conclusão –
Aos trinta anos, o homem Jesus fez sua escolha de nascer de novo, praticou o
ritual da época e fez tudo como mandava o figurino e renasceu como o Cristo ou
Messias. Até porque o primeiro “milagre” documentado nos evangelhos foi logo
após esse evento, ou seja, após a unificação e total entrega ao Todo.
Estou escrevendo isso pra você ser batizado? Claro
que não. Estou explicando o contexto da época pra você entender onde eu quero
chegar e o que Jesus queria dizer. É necessário nascer de novo para entrar
pelas portas do Reino. Ser outra pessoa. Deixar a velha pra trás, ter uma nova
vida em todos os sentidos. Esse é o recado. A outra evidência de que é
necessário ter uma nova “identidade”
interior, seguindo na observação da missão de Jesus, é quando ele escolheu os
doze apóstolos e mudou o nome de alguns deles. Por que ele fez isso? Estava
dando-lhes um recomeço, uma nova vida. Estavam ali, perante o Mestre, morrendo
para quem foram e renascendo como apóstolos, discípulos do Reino.
Por que Jesus mudou o nome deles? Isso é uma técnica
de PNL, o Mestre queria reprogramar suas mentes, fazê-los se comportarem como
sendo outras pessoas. Chamá-los por seus antigos nomes só iria reforçar neles
um passado (traumático) que
precisavam esquecer. Uma
personalidade que necessitavam abandonar para serem novos. Jesus não tinha
tempo de fazer sessão terapêutica ou muitas horas de hipnose condicionativa e
regressão pra mudar comportamentos internos e curar certas dores e feridas
passadas nesses apóstolos.
O jeito mais rápido era mudando o nome deles. Ou
seja, o velho morreu, agora, eles eram outras pessoas. Respondendo por novos
nomes o cérebro daria novos comandos, isso ativaria neles determinados neurotransmissores,
que seriam de grande valia na alteração de comportamento e atitude mental, crenças,
etc.. etc...
E Jesus usou PNL em outros momentos. Um bem famoso
foi quando ele “ressuscitou”. Pedro havia negado o Mestre três vezes na noite
em que fora preso no Jardim Getsêmani. E assim que Jesus se encontrou com ele,
após sua morte, perguntou-lhe três vezes –
Pedro, tu me amas? E deixou que o apóstolo respondesse três vezes – Sim, senhor, eu te amo – Para que
essas três afirmações fossem gravadas em sua mente substituindo as três negações
que fizera acerca de Jesus. E depois, o Mestre acrescentou a ele - Apascenta as minhas ovelhas. Traduzindo pra nossa linguagem: Pedro, eu te perdoo, agora, faça a minha obra e ajude os irmãos. Magnífico isso, né?
Deu pra entender? Pra entrar no Reino onde tudo flui
maravilhosamente bem é necessário nascer de novo, ser outra pessoa. Mas não é
pra você mudar o seu nome, mude seu interior, mude suas escolhas, mude suas
crenças, mude suas prioridades, a sua vida. Faça diferente,
tenha novos rumos, objetivos, metas. Escolha outro destino. Essa pessoa
fechada, preguiçosa, preocupada, egocêntrica, negativa, não entra no Reino.
É necessário
escolher o portão estreito, do amor, da espiritualidade sincera e comprometida,
da humildade, positividade, redenção ao Criador (viver o Reino), escolhas produtivas, motivação, do trabalho,
estudo e crescimento incessantes.
Quebrar os paradigmas, sair das zonas de conforto, abraçar
a causa do Criador, servir, trabalhar pela expansão da consciência. Unificação é
isso, é o ego e a centelha unidos num só propósito, num só caminho, ambos vivem
pela mesma causa, integralmente. Nascer de novo é recomeçar, abraçar uma nova
vida e fazer diferente da outra. A menos que se nasça de novo, não é possível
entrar no Reino de Deus. Sendo assim, fora do Reino é tudo superficial, é viver
na materialidade, tridimensionalidade, é lutar pra ter dinheiro, casa,
namorado, bens. É manifestar coisas pra tampar o buraco da alma, é viver sempre
atrás de um brinquedinho, uma distração.
Já viver no Reino, é ser um com Ele, é manifestar
abundância e felicidade em todos os níveis, é experimentar plenitude,
verdadeira paz, verdadeiro e duradouro Amor, felicidade, alegria,
contentamento. É realmente viver.
Mas pra isso, já sabe, é necessário nascer de
novo, deixar tudo pra trás e seguir em frente, pelo portão estreito, renunciando
o que tiver que renunciar, mudando o que tiver que mudar. Num novo caminho que
já não é mais por você mesmo, simplesmente. É pelo todo. Não mais o ego no
poder, agora ele caminha lado a lado com a centelha, trabalhando com ela e
fazendo dos princípios dela, os seus. Como disseram os apóstolos do primeiro
século, já não sou eu que vivo, mas Cristo (o
novo Eu, personificação da centelha) vive em mim. É isso, esse é o caminho
para sermos realmente iluminados, completos, plenos.
Convém que Ele (Centelha) cresça e que eu (ego)
diminua. Simples e pontual.
Crer é a chave!
Vinícius Francis :-)
Mais sobre nós e nosso trabalho:
Loja Virtual - AQUI
Nossas páginas do Facebook:
Comunidade - AQUI
Grupo fechado - AQUI
Página pessoal (Vinícius Francis) - AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua opinião ou pergunta.